No decorrer das apresentações e palestras, eu e minha amiga Vanessa que estávamos coletando matérias para o jornal (jornal Mundo Jovem) e a radio (Rádio Young World) da nossa escola (somos redatoras e promotoras de eventos) e meu blog, pedimos então a colaboração de Apolo Heringer Lisboa. Ele mesmo, o coordenador e criador do projeto Manuelzão para uma entrevista.
Muito simpático e prestativo Apolo nos concedeu esse enorme prazer. Dentre suas muitas aventuras, ele lutou contra a ditadura militar, foi preso, exilado, ficou 12 anos sem ver sua família, foi procurado como terrorista no Brasil inteiro. Ajudou a fundar o PT, que tinha propósitos maravilhosos na época, percorreu o mundo trabalhando como médico e estudou muito no decorrer de sua vida. Logo depois foi idealizando um mega projeto e que hoje tornou-se o projeto Manuelzão.
Reporteres: Como organizador do projeto Manuelzão, o que você acha vendo isso tudo, vendo o projeto crescer, como você acha que isso o engrandeceu como profissional e como pessoa?
Apolo: “[...] Olha, eu não separo pessoal do profissional. Eu sou diplomado em medicina. Como médico eu já trabalhei na França, Bélgica, África, Argélia e fui um bom aluno, eu acho. Já fui clinico, sou professor de Medicina até hoje na UFMG. Então como profissional sou mais ou menos. Eu não sou aquele profissional que ficou rico com a medicina, porque eu nunca cobrei uma consulta. Eu sempre fui médico assim ganhando um salário no hospital, eu não tenho coragem de cobrar uma consulta. Mas o Manuelzão me realizou plenamente como pessoa e como profissional que usa a inteligência, seus conhecimentos a favor da sociedade do mundo inteiro. Eu não estou visando ganhar dinheiro, nem ganhar medalha, nem ter um cargo, eu não quero ser deputado, não quero ser prefeito, num quero ser nada. Eu estou satisfeito. Eu quero ser eu mesmo, porque hoje no mundo a coisa mais difícil é a gente ser a gente mesmo. Nós somos influenciados por família, por religião, por televisão, pela disputa por cargo, por dinheiro e a gente acaba abrindo mão da identidade da gente e vira sombra. Eu não quero ser sombra.”
Reporteres: O que você tem a dizer para conscientizar as pessoas de Sete Lagoas em relação a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), para que elas possam correr atrás da prefeitura e falar que nós queremos uma ETE aqui para poder tratar dos nossos esgotos para não joga-lo nos rios?
Apolo: “[...] Olha, eu não separo pessoal do profissional. Eu sou diplomado em medicina. Como médico eu já trabalhei na França, Bélgica, África, Argélia e fui um bom aluno, eu acho. Já fui clinico, sou professor de Medicina até hoje na UFMG. Então como profissional sou mais ou menos. Eu não sou aquele profissional que ficou rico com a medicina, porque eu nunca cobrei uma consulta. Eu sempre fui médico assim ganhando um salário no hospital, eu não tenho coragem de cobrar uma consulta. Mas o Manuelzão me realizou plenamente como pessoa e como profissional que usa a inteligência, seus conhecimentos a favor da sociedade do mundo inteiro. Eu não estou visando ganhar dinheiro, nem ganhar medalha, nem ter um cargo, eu não quero ser deputado, não quero ser prefeito, num quero ser nada. Eu estou satisfeito. Eu quero ser eu mesmo, porque hoje no mundo a coisa mais difícil é a gente ser a gente mesmo. Nós somos influenciados por família, por religião, por televisão, pela disputa por cargo, por dinheiro e a gente acaba abrindo mão da identidade da gente e vira sombra. Eu não quero ser sombra.”
Reporteres: O que você tem a dizer para conscientizar as pessoas de Sete Lagoas em relação a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), para que elas possam correr atrás da prefeitura e falar que nós queremos uma ETE aqui para poder tratar dos nossos esgotos para não joga-lo nos rios?
Apolo: “[...] Sete Lagoas está devendo, não fez seu dever de casa. Está ficando vergonhoso a situação do município de Sete Lagoas. Aí eu incluo a sociedade, a prefeitura, os vereadores porque nós estamos na Meta 2010. Nós estávamos em 2003, 2004, e nesse período todo Sete Lagoas não fez nada. Teve aquela briguinha política de partido, entra deputado daqui, deputado dali...O SAAE é um orgão que foi absolutamente desmoralizado [...] a gente sabe disso, foi descoberto que empresas privadas estavam furando poços artesianos para tirar água do calcário sem ter idéia do que tinha lá [...]. Esse pessoal desrespeitou a natureza e comprometeu o futuro de Sete Lagoas [...]. Eles não tem pressa de tratar o esgoto [...]. Então cabe a Sete Lagoas urgentemente, de imediato, é coisa de três, quatro meses tomar a decisão. Hoje em dia, Sete Lagoas destoa do espírito que predomina em toda a bacia , que é a Meta 2010."
Reporteres: Eu vi no Jornal da Band que o projeto Manuelzão quer dar um salto maior. Quer ir para outros países para poder divulgar, cuidar de outras bacias. Como é esse projeto?
Apolo:“Nós somos meio espiritualistas, nós temos um sentimento, um espírito assim, de imaginar o universo como se fosse Deus criando o mundo. Então eu fico imaginando como é que surgiu tudo isso, deve ter sido um espírito maravilhoso, porque é muito maravilhosa a vida. Nós falamos que o objetivo do Manuelzão tem que ser a mudança da mentalidade das pessoas do mundo inteiro. Nós iremos propor o Manuelzão do planeta Terra, nós iríamos mobilizar todos os rios do mundo, que já tem o movimento, tem sempre alguém lutando, convidar para uma grande reunião internacional e lançar a política proposta. Vamos unificar, integrar esses movimentos, cada um mantendo o seu colorido e vamos lutar para despoluir todas as águas doce do mundo. E com isso, com essa mobilização social pelo meio ambiente e também por uma mudança da mentalidade. E aí com a mudança de mentalidade do mundo, tentaria mudar a política econômica, tentaria mudar a filosofia humana. E ao invés de ser tudo em função do ser humano seria em função da vida.”
Reporteres: Eu vi no Jornal da Band que o projeto Manuelzão quer dar um salto maior. Quer ir para outros países para poder divulgar, cuidar de outras bacias. Como é esse projeto?
Apolo:“Nós somos meio espiritualistas, nós temos um sentimento, um espírito assim, de imaginar o universo como se fosse Deus criando o mundo. Então eu fico imaginando como é que surgiu tudo isso, deve ter sido um espírito maravilhoso, porque é muito maravilhosa a vida. Nós falamos que o objetivo do Manuelzão tem que ser a mudança da mentalidade das pessoas do mundo inteiro. Nós iremos propor o Manuelzão do planeta Terra, nós iríamos mobilizar todos os rios do mundo, que já tem o movimento, tem sempre alguém lutando, convidar para uma grande reunião internacional e lançar a política proposta. Vamos unificar, integrar esses movimentos, cada um mantendo o seu colorido e vamos lutar para despoluir todas as águas doce do mundo. E com isso, com essa mobilização social pelo meio ambiente e também por uma mudança da mentalidade. E aí com a mudança de mentalidade do mundo, tentaria mudar a política econômica, tentaria mudar a filosofia humana. E ao invés de ser tudo em função do ser humano seria em função da vida.”
Tamy: Fiquei totalmente realizada e inspirada. Nunca me esquecerei desse dia em que esse grande personagem vivo e real do Brasil que muito humilde deu confiança e credibilidade para duas simples estudantes de Ensino Médio aspirantes a jornalistas. Acho que só eu e Vanessa conseguimos entender o sentimento e a energia que isso nos proporcionou. Só quem estava lá sabe do que estou falando. Isso realmente nos comoveu. Obrigada Apolo, você realmente mexeu com o espírito dessas duas simples estudantes que agora se espelham em você. Obrigada.
Vanessa, Apolo e Eu.
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